segunda-feira, 19 de maio de 2014

Aula-Fora

Devemos sempre inovar, pois temos que mostrar interesse para nossos alunos, uma aula diferente, com preparação e objetivos, acaba sendo mais fácil de atingir os resultados, enfim uma AULA FORA e não equivale a série, pois nos na graduação sentimos prazer em poder ter uma aula diferenciada, longe das quatro paredes.


Segue alguns bons exemplos a serem seguidos, mais lembre-se, sempre com preparação e objetivos.


A série Aula lá Fora nos apresenta projetos desenvolvidos a partir de aulas-passeio 
realizadas em escolas da rede pública municipal de Santo André, localizado na 
Região Metropolitana de São Paulo. Essa série traz um conjuto de atividades 
pedagógicas bem sucedidas desenvolvidas com alunos levados a vivenciarem 
experiências de aprendizagem a partir de visitas a espaços fora da sala de aula. No 
episódio “Arte na Comunidade” conheceremos as iniciativas da professora Sônia 
Souza, da EMEIEF Cata Preta, para proporcionar aos alunos novos aprendizados. 
Ela criou estratégias na sala de aula para justificar a saída com os alunos, em busca 
de continuidade para suas hipóteses de pesquisa na comunidade, e os estimulou a 
alcançar seus objetivos e encontrar novos conhecimentos durante a visita que 
fizeram ao bairro onde está localizada a escola em que estudam. A flexibilidade no 
planejamento dessa aula-passeio possibilitou novos aprendizados agregados à 
pesquisa em andamento, e agradáveis surpresas e vivências para alunos, pais, 
professores e comunidade escolar de um modo geral. 

                                                                                                                  - TV Escola.







Nível de ensino 
Proposta para Ensino Fundamental (1º a 5º ano), mas indicada para todos os níveis 
de ensino

Componente curricular 
Arte. 

Disciplinas relacionadas 
Língua Portuguesa, Estudos Sociais e Ciências. 

Aspectos relevantes do vídeo 
A importante comprovação de que o trabalho desenvolvido em sala de aula deve 
estar sempre em diálogo com a realidade dos alunos e suas vivências cotidianas. 
A ampliação do aprendizado e amadurecimento dos alunos ao saírem da sala de aula 
para espaços na comunidade onde estão inseridos. 
A relevância do aspecto lúdico em consonância com a aquisição de novos 
conhecimentos. 
A valorização de elementos da identidade cultural dos alunos e sua comunidade. 
A descoberta de talentos na comunidade a partir de investigação dos alunos. 
A participação da comunidade em atividades artístico-culturais desenvolvidas na 
escola. 
O desenvolvimento das habilidades artísticas a partir de vivências pessoais. 

Duração da atividade 
Três aulas. A primeira é de preparação e despertar do interesse dos alunos com 
informações e acordos prévios. A segunda, é a própria aula-passeio. E a terceira, é a 
aula de resgate dessa aula-passeio, com desdobramento em atividade de criação 
individual e coletiva. 

O que o aluno poderá aprender com esta aula 
Conhecer o bairro onde estuda e o entorno da escola. 
Aprender sobre a história do bairro. 
Localizar as diferentes atividades desenvolvidas nos arredores da escola. 
Conhecer os meios de locomoção e tranporte coletivo disponíveis na região. 
Identificar o patrimônio arquitetônico do bairro. 
Investigar a existência de atividades artísticas e culturais na localidade. 

Conhecimentos prévios que devem ser trabalhados pelo professor 
com o aluno 
É necessário obter informações sobre as partes do bairro que pretende visitar para 
que, nesta etapa anterior à saída com os alunos, possa despertar neles a curiosidade 
e desejo de aprender coisas novas a partir dessa atividade. No caso apresentado no 
vídeo, a professora e os alunos partiram em busca de talentos e oportunidades de  divulgar um evento cultural que aconteceria na escola, e foram convidar pessoas da comunidade para participarem. Eles elaboraram cartazes e convites para afixarem 

em locais de circulação de pessoas, e esse levantamento foi feito a partir do 
relacionamento das crianças com os moradores do bairro. Uma aula-passeio pelo 
bairro pode ter vários eixos condutores: perquisa de memória do bairro, tradições e 
eventos culturais, estatística sobre o comércio local, pesquisa ambiental sobre 
preservação de áreas verdes, questões sociais sobre qualidade e condições de 
habitação e moradia, perfil socioeconômico dos moradores do bairro etc. São 
inúmeras as possibilidades de aproveitamento de uma aula fora do espaço da escola. 
O ideal é partilhar seu planejamento e propostas com professores de outras áreas de 
conhecimento que atuem com a turma, para ampliarem ao máximo a visão dos 
alunos sobre o entrelace das informações e conhecimentos adquiridos a partir da 
aula-passeio. 
Conheça um pouco mais sobre a proposta de aulas-passeio a partir do projeto desta 
série: http://www.aulalafora.com.br/ 

Estratégias e recursos da aula/descrição das atividades 
Primeira aula (que antecede à aula-passeio): trace com os alunos um roteiro do que 
pretendem visitar para não haver dúvidas; compartilhe com eles algumas 
informações sobre o que irão encontrar nessa visita; providencie as autorizações 
para os responsáveis assinar e convide alguns a irem juntos com o grupo; combine 
com os alunos regras de comportamento e deslocamentos durante o passeio; monte 
um kit de materiais (papéis, lápis, máquina fotográfica) para registro visual do 
passeio e de questões que possam ser desdobradas em sala de aula a partir de 
esboços ou fotografias; recomende aos alunos a pontualidade (é importante que a 
aula-passeio seja desenvolvida dentro do turno escolar para garantir a participação de todos os alunos da turma); peça-lhes que levem algum lanche para fazerem no 
momento específico; lembre-os de levar agasalhos caso esteja frio, ou bonés e 
chapéus para o caso de sol muito forte. É importante que todas as necessidades 
sejam detectadas antes, para não haver frustrações nem situações embaraçosas neste 
dia que será tão especial. As vivências em grupo são uma excelente oportunidade 
para a aprendizagem e estabelecem novos laços de amizade. 
Segunda aula (a aula-passeio): os alunos, de um modo geral, ficam bastante agitados 
com a oportunidade de saída do espaço da escola nas aulas-passeio. É importante 
reuni-los antes de partirem para apesquisa de campo, e repassar as regras 
combinadas anteriormente. Algumas medidas de segurança podem ser 
compartilhadas com os pais que acompanharem o grupo. Assim, com olhinhos bem 
aguçados e ouvidos atentos, podem partir rumo a descobertas sobre o entorno da 
escola. É importante estabelecer, previamente, o local onde as crianças irão parar 
para fazer seus registros, por meio de desenhos e anotações, procedimentos 
importantes sobre o que ouviram e conheceram. Nesse momento, pode ser feito um 
levantamento de informações que já dispõem sobre o bairro e cada criança pode 
desenhar o esboço de uma construção que mais tenha lhe chamado atenção ou de 
um cidadão que tenha conhecido. Peça-lhes para diversificarem os desenhos a fim 
de obter o maior número possível de representações de prédios significativos do 
bairro e personalidades que alí residem e trabalham. Esse material será utilizado 
posteriormente em sala de aula. A hora do lanche é a confraternização que encerra a 
aula-passeio, e pode ser feita sob forma de pique-nique numa praça ou local 
escolhido especialmente para esse momento. O passeio pode ser enriquecido com 
músicas de repertório que fale do bairro, ou outras que tenham o caráter lúdico adequado à faixa etária dos alunos. Geralmente, todos voltam muito exaustos, mas 
gratificados e satisfeitos com a nova experiência e aprendizado. 
Terceira aula (aula seguinte ao passeio): nesta aula, resgate com os alunos as 
informações e novos conhecimentos sobre o bairro numa conversa que não se 
alongue muito, mas que ative as recordações deles sobre o que viram. Solicite que 
retomem os esboços do prédio e da parte do bairro escolhida feitos durante o 
passeio. Poderão também desenhar algumas pessoas que tenham conhecido numa 
folha em tamanho A3 (para que fiquem em tamanho ampliado) – o contorno das 
formas poderá ser coberto com nanquim preto, utilizando cotonetes para as linhas 
ficarem bem destacadas. O desenho com linhas pretas em nanquim poderá ser 
colorido com giz de cera em algumas partes e outras serem completadas com 
anilinas coloridas. Aqui é o momento do resgate lúdico da memória e identidade do 
bairro. As histórias representadas nesses desenhos poderão virar uma história 
coletiva organizada em parceria com o professor de Língua Portuguesa. E os 
desenhos, depois de organizados e colados em suporte firme, como cartolina ou 
papel cartão, podem virar um livro de registro visual do bairro, entremeado com 
fotografias tiradas durante a aula-passeio. 

Questões para discussão 
Conhecemos nosso bairro? Sabemos sua história de origem e fatos marcantes que o 
identificam? 
As atividades que acontecem no bairro onde estudo dialogam com as pesquisas que 
fazemos no espaço escolar? 
Como podemos reforçar nossa identidade escolar a partir dessa aula-passeio? 
Quais são as possibilidades de diálogo entre a escola e seu entorno e a comunidade 
vizinha? 

Nenhum comentário:

Postar um comentário